sábado, 11 de junho de 2011

Dor e redenção

por Diego Santos

Na vida, poucas coisas são melhores do que a sensação de sucesso. Aquele momento apoteótico, quando sentimos o luxurioso gosto do reconhecimento... Quando alcançamos esse estado sublime, é inevitável, mesmo que por momento fugaz, acreditarmos na invencibilidade, acreditar que estamos no topo do mundo e que nunca mais sairemos de lá... Doce ilusão.

Nenhum império dura para sempre. Tudo que sobe desce. Sim, são clichês, mas muitas vezes os clichês têm a irritante mania de estarem certos. Então, um belo dia, quem está no topo cai, e cai feio, pois, como diria o clichê, quanto maior a altura...

E o que fazer? Quando a dor penetra em todas as feridas deixadas pela queda? Alguns sucumbem, entram para a história como vilões. Que dirá Barbosa, o antigo goleiro do Vasco que ainda carrega nas costas o peso pela derrota do Brasil na Copa do Mundo de 1950. Mas falando em Vasco e Seleção brasileira...

Nesta semana, vimos dois exemplos de quem foi do céu ao inferno e voltou para contar a história. Ronaldo, aquele que recebeu a alcunha de “fenômeno”, e o Vasco da Gama, time que nos últimos tempos vinha sendo chamado de “campeão dos vice-campeonatos”. Ronaldo era o cara, chegou à Copa do Mundo de 1998 com dois prêmios de melhor jogador do mundo da FIFA, com a responsabilidade de levar o Brasil a mais um título mundial, e no fim das contas, depois de sofrer uma convulsão momentos antes da partida final contra a França, viu Zidane fazer chover em campo e ficar com título. Aquele episódio poderia ser a maior marca da carreira de Ronaldo, a marca do fracasso. Ainda mais depois de sucessivas lesões graves que o afastaram dos gramados por longos períodos. Mas o Fenômeno daria a volta por cima, mesmo chegando desacreditado à Copa de 2002, ajudou o Brasil a ser campeão e ainda foi o artilheiro da competição. Ronaldo deu a volta por cima, e ainda repetiria isso muitas vezes, essa foi a sua marca. Foi vítima de escândalos, acusado de jogar á cima do peso, mas o que vimos nesta terça-feira foi a despedida emocionante de um herói, que entra para história como o maior artilheiro de todos os tempos em copas do mundo e um dos maiores jogadores da história do futebol. E por falar em redenção...

Um dia depois da despedida de Ronaldo, ironicamente, outro fato marcante sem nenhuma ligação aconteceu. Numa partida emocionante, digna de roteiro de Spielberg, o Vasco da Gama venceu o Coritiba e se sagrou, pela primeira vez, campeão da Copa do Brasil, onze anos depois do último título a nível nacional do clube. O mesmo Vasco que nos últimos anos havia amargado dolorosas derrotas em finais de campeonato, e ainda um rebaixamento para a segunda divisão do campeonato brasileiro. O time se reestruturou, e com isso, voltou a figurar seu nome entre os campeões do futebol brasileiro.

Os dois casos mostram como é possível se recuperar, por mais feia que seja a queda, e ainda agregam mais valor aos protagonistas. Pois se conquistar o topo é fantástico, retornar a ele é melhor ainda.

Um comentário:

  1. titanium forging | TITanium Arts | TITanium Arts
    TITanium Art - Titanium, 3D Art. TITanium Art. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. dafabet TIT. TIT. TIT. TIT. tube supplier TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. titanium charge TIT. titanium network surf freely TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. titanium vs ceramic TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT. TIT.

    ResponderExcluir